Fusões e Aquisições: uma boa oportunidade para “arrumar a casa”

Não é novidade para ninguém que a crise gerada pela pandemia do coronavírus causou impactos negativos na economia global. Muitos se readaptaram e buscaram soluções para atravessar o momento.

“Arrumar a casa” tem sido a frase de ordem para milhares de gestores e empresários que precisam diminuir os efeitos e pensar no seu negócio pós-crise.

Diversas empresas tiveram impactos tão grandes em seu caixa que precisaram recorrer a pedidos de recuperação judicial e até mesmo falência. Diante desse cenário, em que empresas com grande potencial de retorno econômico, mas descapitalizadas pela crise, e ainda, em que reestruturações internas buscam financiamentos, investidores e parceiros, os processos de fusões e aquisições voltaram a ganhar força no mercado.

Boas oportunidades de negócio podem ser feitas durante esse período, garantes especialistas como Haim Meses, um dos sócios da Triaxis Capital, que atua na área de Advisory para fusões e aquisições e Gestão de Fundos da Ventura Capital & Private Equity:

“Pode ser um excelente momento para as empresas que estão pensando em começar o processo de preparação para venda. Muitas estão usando esse momento para se ajustar, aumentar a eficiência operacional e a produtividade e otimizar práticas de governança. Todo detalhe ajuda a maximizar o valuation da empresa na hora da negociação lá na frente”.

Pensando nesse cenário, alguns fatores são relevantes para o mercado de fusões e aquisições nesse momento, como:

1. Escassez de recursos em caixa:

Muitas empresas enfrentam dificuldades para manter o fluxo de caixa, prejudicando a continuidade das operações. Dessa forma, diversos negócios com potencial de retorno econômico alto podem estar mais abertos para propostas de investidores e até mesmo parceiros, que busquem diminuir seus prejuízos através de uma fusão, reduzindo a estrutura organizacional, diminuindo departamentos, operações e instalações.

2. Aumento da liquidez do mercado:

O Governo Federal, através do Banco Central, diminuiu a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 2,25% ao ano. Através disso, a capitalização e financiamento das atividades empresariais foram favorecidas, graças à liquidez para a economia.

3.  Atratividade Nacional:

O Brasil possui grande potencial de crescimento econômico, com baixa competitividade e carência de infraestrutura em um amplo mercado interno. Esse fator pode ser um grande aliado para que empresas, com dinheiro em caixa e bem administradas, usufruam da oportunidade e cresçam aceleradamente.

Ainda, com a valorização do dólar, o investimento em empresas brasileiras acaba tendo mais um atrativo.

4. Valuation

Com uma função bastante estratégica, o processo de Valuation revelará o valor de determinada empresa no mercado. Além de servir para situações específicas como ações de compra e venda, informações para abertura de capital e definição de valores para os membros de determinada sociedade, o Valuation permite que o gestor tenha em mãos um dado estratégico para a tomada de decisão, principalmente para ações com consequências em longo prazo.

As operações de fusões e aquisições aparecem como uma alternativa para empresas que buscam nesse momento: economia em escala, crescimento acelerado no mercado, mais benefícios fiscais e aumento das vendas, com cross-selling (vendas cruzadas), por exemplo.

Muitos não conseguirão sobreviver às adversidades, mas aqueles que tiverem mais preparados “arrumando a casa”, conhecendo o verdadeiro valor do seu negócio diante do mercado e estabelecendo as principais estratégias para o futuro, terão mais condições de crescer aceleradamente e se destacar no cenário.

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