Que a crise causada pela COVID-19 trouxe grandes mudanças ninguém duvida. Diversas empresas fecharam suas portas, realizaram demissões em massa e tiveram que reajustar sua estrutura a nova realidade que a crise financeira trouxe.
No entanto, enquanto alguns negócios lutam para se manter no mercado, outros aproveitam o momento para inovar e se fortalecer diante do cenário de incertezas. Esse tem sido o caso das startups.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae, 87% dos pequenos negócios convencionais registraram queda de faturamento durante a crise, enquanto as startups tiveram perdas menos significativas de receita, representando 68% dos negócios.
O termo “startup” começou a ser utilizado durante a crise das empresas ponto.com, entre os anos 1996 e 2001.
Conhecida como a “Bolha da Internet”, caracterizada pela alta das ações das novas empresas de tecnologia da informação e da comunicação estabelecidas no universo on-line, as startups se caracterizam como empresas com um modelo de negócio que foge do tradicional, movidas por um universo de incertezas.
90% das startups brasileiras são pequenos negócios e 58% delas possuem mais de 4 anos de atuação em segmentos de mercado bem variados, segundo dados do SEBRAE.
Embora os impactos da crise econômica causados nas receitas sejam consideráveis, as empresas com estilo de negócios inovadores, com maior capacidade para se reinventar, representaram um menor número de demissões de funcionários, 76% delas não demitiram durante esse período.
Ao mesmo tempo, geraram mais empregos, 16% delas contrataram novos funcionários.
Que elemento faz com que elas se destaquem no cenário diante das empresas tradicionais?
Essas empresas trazem em seu DNA um elemento chave: a inovação, essencial para vencer as adversidades.
Elas possuem mais conhecimento sobre os processos digitais e consequentemente, estão sempre à frente quando o momento exige preparação tecnológica.
Nesse período, enquanto as micro e pequenas empresas tradicionais precisaram se reestruturar e entender o novo modelo negócio, com atendimento ao cliente através das vendas online no e-commerce, por redes sociais e até mesmo Whatsapp, as startups já estavam a frente, com mais experiência, estruturadas de maneira mais enxuta e com operações de menor custo.
Enxergar oportunidades em meio ao caos e reagir rapidamente a momentos de crise, pode ser decisivo para a vida sustentável dos mais diversos segmentos.
Embora iguais no tamanho e diferentes na forma de negócio, empresas tradicionais e startups precisam investir na mesma ideia para manter-se crescendo no mercado: inovação.
É fundamental que esse elemento chave molde a estratégia empresarial e seja incorporada em todas as etapas de gestão, visando um posicionamento diferenciado em frente ao cliente, aos fornecedores e até mesmo aos investidores.