Muitos empreendedores sabem da necessidade que uma empresa tem em recursos disponíveis para pagar despesas, mesmo acontecendo entrada de receitas nesse período.
É normal que na sua empresa, você conceda prazo para pagamento ao seu cliente, assim como é normal o seu fornecedor dar um prazo para que você pague aquela obrigação.
E quando o prazo de recebimento que você concede ao seu cliente é muito maior que o prazo de pagamento que os seus fornecedores normalmente te oferecem? Esse descasamento entre o prazo médio de recebimento junto aos clientes e o prazo médio de pagamento juntos aos fornecedores, pode fazer com que sua empresa necessite de capital de giro.
No entanto, muitos têm dificuldades em calcular e obter o capital de giro necessário para sua empresa funcionar.
É o montante de dinheiro necessário para bancar a continuidade do funcionamento da sua empresa, mesmo que você tenha um descasamento entre os prazos médios (recebimento x pagamento).
Ele recebe esse nome por representar o capital responsável por fazer o negócio girar e engloba o momento de compra de determinada matéria prima ou fornecedores até o recebimento do pagamento de produtos ou serviços vendidos.
Quanto maior for seu Capital de Giro, mais tempo você terá para manter sua empresa funcionando. Mesmo que você venda pouco ou que despesas imprevistas surjam, os custos operacionais estarão em dia com o capital de giro adequado.
Para iniciar o cálculo você precisa ter em mãos o Ativo Circulante (AC), que se refere ao dinheiro que você tem em caixa, suas contas a receber, seu estoque de mercadorias e suas aplicações financeiras (tudo que possui liquidez, ou seja, tudo que pode ser transformado em dinheiro em um intervalo de tempo relativamente curto). Também precisa saber seu Passivo Circulante (PC), que se refere às suas contas a pagar, como salários, fornecedores, empréstimos e todas as obrigações da empresa, também de curto prazo.
Dito isso, chegamos ao Capital de Giro Líquido (CGL) da seguinte maneira:
O que importa nesse cálculo é o dinheiro da sua empresa que será usado nos meses seguintes, sem contar com aquele recurso já direcionado para as despesas do mês atual.
O ideal é que você projete esses valores para os próximos 6 meses.
Sendo assim, o cálculo é simples: somam-se todos os custos da empresa de 1 mês e multiplica-se por 6.
Dessa forma, no pior dos cenários, você poderia manter suas operações, envolvendo compra de insumos, fornecedores, salários de funcionários, entre outros, por pelo menos 6 meses. Você tem a segurança de que conseguirá lidar com momentos de emergência e terá tempo suficiente a fim de adotar ações para minimizar ou reverter suas perdas.
No entanto, nem sempre é possível organizar-se financeiramente dessa maneira. Pensando nisso, elencamos 3 maneiras de captar recursos para gerar Capital de Giro no seu negócio.
Primeiramente você deve avaliar cuidadosamente a necessidade do empréstimo. Muitas vezes um controle de Fluxo de Caixa mais eficiente já pode resolver seus problemas financeiros e evitar que você se endivide desnecessariamente.
No entanto, contar com um aporte financeiro pode ser sua principal saída. Para isso, antes de buscar as alternativas tenha em mãos:
Com isso em mãos, busque linhas de crédito em diferentes instituições financeiras e analise todas as condições estabelecidas. Só então opte por uma. E já contemple dentro do capital de giro necessário, a parcela desse empréstimo dentro do seu fluxo de caixa. Isso vai fazer toda diferença.
Ainda, bancos do Governo possuem opções de aporte financeiro bastante vantajosas para determinados tipos de empreendimentos. Vale a pena conferir em bancos como o BNDES e Banco do Nordeste formas de captação de recursos públicos ou empréstimos com juros melhores.
Esse tipo de investimento ainda não é muito comum entre os empresários, mas pode representar uma grande ajuda para o seu negócio.
O investidor anjo nada mais é que uma pessoa física ou um fundo de investimento que capitaliza empresas que considera ter alto potencial de crescimento e geração de caixa. Geralmente, ele possui um conhecimento bastante abrangente de mercado, que poderá contribuir para os resultados financeiros da sua empresa.
Vender parte do seu negócio pode ser uma maneira vantajosa de adquirir recursos para injetar na empresa e voltar a ter lucro.
O empreendedor pode passar determinada parte da empresa para o sócio investidor em troca de um valor que represente aquela parcela. Esse valor pode ser obtido através de Valuation.
Existem dois tipos de sócio investidor; aquele que faz o aporte financeiro e recebe o retorno financeiro de seu investimento após determinado período; e aquele que participa da gestão da empresa.
Independente de você precisar injetar recursos ou não em seu empreendimento, otimize seu Capital de Giro. Corte custos desnecessários, antecipe pagamentos a serem recebidos e tenha sempre poder de persuasão para negociar com seus fornecedores e clientes.